Descartando padrões, academia paraense lança garota propaganda plus size e proprietária declara: "Focamos no bem-estar e não na estética"

Sentir-se bem consigo mesmo (a), apesar de clichê, deveria ser o objetivo de qualquer pessoa. Fugir e, mais do que isso, descartar os padrões impostos pela sociedade deveria ser a regra e não a exceção. Para exemplificar essa ideia, podemos citar o modelo de trabalho de uma academia instalada em Marabá, no Pará.

O espaço fomenta e incentiva a prática de exercícios por qualquer que seja a pessoa sem levar em consideração ou incentivar o hábito apenas para a exploração da estética, focando - como deveria ser - apenas na promoção da saúde. Prova disso, segundo a proprietária da academia, Brenda Santis, foi a escolha de uma modelo plus size como garota propaganda.

"Somos uma academia que não explora a estética. A nossa principal fonte de trabalho é o convencimento de que qualquer pessoa merece estar num ambiente que promova bem-estar, independente de sua aparência", disse.

Segundo a empresária, outro ponto que corrobora o argumento é a variedade da faixa etária que predomina entre os clientes da Supere. "Hoje temos grande assiduidade de clientes idosos que nada mais buscam do que uma rotina mais saudável. Uma curiosidade que eu posso citar é que mesmo na pandemia, 99% deles mantiveram seus planos porque viam no treino uma forma de continuar se cuidando, além da confiança na responsabilidade da empresa, por terem uma relação de partner com a academia, com a qual se solidarizaram na época do fechamento", mencionou.

Brenda revela ainda que os planos para instalação de uma segunda unidade da academia que tem objetivo mais diferenciado já estão avançados. Conforme ela, a segunda unidade será instalada na cidade de Paraupebas, também no Pará. Falando da vida pessoal e a trajetória de vida, Brenda lembra da sua história de superação.

"Tive que vencer muitos obstáculos. Fui adotada aos doze anos de idade pelos meus tios, tive uma infância sozinha, enfrentei muitos problemas emocionais, mas consegui superar as barreiras e chegar onde cheguei. Para a Supera, aberta em 2016, contei com a ajuda do meu marido Aldair Dalferth que tem papel determinante nessa história", desabafou.