(Foto: Divulgação) Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 6,5 milhões de brasileiros têm alguma deficiência visual. A principal causa da cegueira irreversível no mundo é o glaucoma, atingindo algo em torno de 80 milhões de pessoas, segundo a Associação Mundial de Glaucoma.
O glaucoma é uma doença silenciosa que provoca a atrofia e até a morte do nervo óptico. Como ele é o responsável por fazer a conexão entre a imagem captada na retina e o cérebro, acaba ficando comprometida a transmissão de sinais entre esses dois órgãos, o que pode levar à cegueira de forma irreversível. Na maioria dos casos a doença decorre do aumento da pressão intraocular por uma desorganização entre o líquido produzido pelo olho internamente (o humor aquoso) e a drenagem no seio camerular (o ralo do olho).
Mas hoje sabe-se que existem outras causas para a fraqueza do nervo como por exemplo a má circulação nos microvasos que nutrem o próprio nervo óptico numa condição chamada de glaucoma de pressão normal. Trata-se de um processo lento, que pode progredir durante anos, até o aparecimento dos primeiros sintomas.
De acordo com o médico Oftalmologista, Drº Alan Coelho, alguns fatores predispõem o surgimento do glaucoma: pressão intraocular elevada; histórico familiar; idade (o glaucoma tende a aparecer nos pacientes acima dos 40 anos); afrodescendência; ser portador de doenças oculares (tumores, descolamento de retina e inflamações aumentam o risco de glaucoma - glaucoma secundário) e de outros problemas de saúde (diabetes, doenças cardíacas, hipertensão, hipertireoidismo, etc.). Além desses itens, o uso prolongado de medicamentos à base de corticosteroides também podem aumentar a pressão intraocular.
Apesar de multifatorial, o único fator que nós médicos conseguimos intervir de maneira eficaz é através da redução da pressão intraocular, que pode ser feita por colírios, cirurgias ou tratamento com laser.
A prevenção é a melhor forma de identificar precocemente o glaucoma e iniciar o tratamento antes mesmo do paciente começar a ter perdas visuais. O diagnóstico é feito diretamente pelo médico na lâmpada de fenda e muitas vezes não precisa de exames outros para tal. Os exames auxiliam na condução e progressão da doença e também para verificar se, apesar da redução da pressão intraocular, o nervo óptico continua a apresentar perda neuronal, o que pode levar o médico a substituir colírios ou indicar terapias a laser ou até cirurgias (convencionais ou com implantação de próteses de drenagem).
Consulte o médico oftalmologista regularmente e procure saber mais da história ocular da sua família, essa é a melhor maneira de combatermos juntos esse, e muitos outros problemas.
Drº Alan Daividson Coelho
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