17/04/2022 às 21h24min - Atualizada em 17/04/2022 às 20h14min
Peça - Morte e Vida Severina
Renato Galvão
Divulgação Morte e Vida Severina estreou esta semana no Teatro Tuca (PUC), em São Paulo, de forma muito emocionante. A obra é de João Cabral de Melo Neto, músicas de Chico Buarque e direção de Elias Andreato. Na peça que tem muito "de musical", 13 jovens e cinco músicos, efetuam a encenação artística de forma muito talentosa, retratando com maestria esse famoso texto da dramaturgia brasileira.
"Trazer à baila, nesse momento, a poesia de João Cabral de Melo Neto e as composições de Chico Buarque, num Brasil com tantos "brasis", é tão necessário e forte, tão necessário e poético, tão necessário e seco e tão necessário e vivo", acredita Célia Forte, da Morente forte (produtora).
"Fiz minha estreia no teatro amador com a peça O Rio, de autoria de João Cabral de Melo Neto. Essa montagem de Morte e Vida Severina reúne um elenco de jovens talentosos e uma equipe de "fazedores de arte" comprometida em criar um espetáculo emocionante em sua essência", conta Elias Andreato.
Morte e Vida Severina tem sua origem em Pernambuco, sendo criado em 1954 para 1955, tendo sua estreia nos palcos em 1965, na inauguração do Tuca. A peça retrata as dificuldades do povo do sertão nordestino e Dudu Galvão, é Severino que tem uma vida sofrida e vai para a cidade grande (Recife) e sua vida continua muito difícil, como boa parte dos migrantes.
"Nesse país tão plural, doloroso e esperançoso, somos todos Severinos em busca de poesia e dignidade", afirma o talentoso diretor Elias Andreato.
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