20/01/2022 às 09h07min - Atualizada em 20/01/2022 às 09h00min

Venda de carros elétricos no Brasil bate recorde em 2021

Lucas Widmar Pelisari

Lucas Widmar Pelisari

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Os automóveis elétricos estão crescendo em popularidade no Brasil e no mundo.

Aqui em nosso país, apesar do impeditivo do alto preço desses veículos (eles partem de R$150 mil), eles ainda assim crescem muito no número de vendas e bateram recordes em 2021, atingindo uma maior participação no mercado nacional, muito também porque os carros a combustão tiveram um péssimo ano.

 

Segundo o vice-presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico, Thiago Sugahara, as vantagens dos carros elétricos são maiores e chegam, inclusive, a superar o custo por quilômetro rodado dos carros a combustão. De acordo com o executivo, o motor elétrico tem maior capacidade de aceleração do que o a combustão, que usa álcool ou gasolina.

Além disso, ele também afirma que o custo de um veículo do tipo para rodar 100 quilômetros é de R$16, enquanto o custo de rodar os mesmos 100 quilômetros para um automóvel a combustão é de R$70.

Atualmente, são considerados como carros elétricos aqueles que são totalmente eletrificados, ou seja, que só usam um ou mais motores elétricos ou os automóveis híbridos, que são os modelos que tem um motor elétrico e outro movido a combustível.

Na prática, os modelos híbridos estão sendo usados no mercado nacional como uma transição leve entre os carros a combustão e os eletrificados. 

Segundo a ABVE, em 2021, foram vendidos mais de 20 mil modelos de carros eletrificados apenas até agosto - o mesmo número que todo o ano de 2020. Além disso, as vendas foram 70% maiores do que em 2019, quase dobrando o número de antes da pandemia do novo coronavírus.

A previsão é que as vendas de veículos elétricos ultrapassem a marca de 30 mil até o fim do ano, embora os dados oficiais ainda não tenham sido fechados, claro.

Se isso acontecer, o ano de 2021 terá sido responsável por um aumento considerável da frota de automóveis elétricos. Antes do começo do ano, o país tinha 40 mil unidades de veículos movidos a energia elétrica. Se o ano fechar em 30 mil vendas mesmo, chegaríamos a 70 mil unidades e teríamos praticamente o dobro de vendas em um único ano.

Uma das empresas que ajudou a bater esse número incrível de vendas foi a Volvo.

Em 2021, a empresa deixou de comercializar veículos a combustão no mercado brasileiro e migrou apenas para o modelo de vendas de carros elétricos. O resultado? A empresa bateu a sua marca de 7.916 unidades vendidas em 2019 (a melhor da história até então) e ultrapassou esse número, tendo o seu melhor ano da história.

Esse ótimo resultado foi alimentado pela mudança da empresa de ir de carros a combustão para apenas modelos híbridos ou elétricos. Um dos grandes sucessos foi o XC40 Recharge Pure Electric, o primeiro veículo 100% elétrico da marca.

Em apenas 20 dias, todo o estoque de 300 unidades foi vendido e um novo lote de 150 veículos foi disponibilizado até o final do ano.

Além desse ótimo desempenho, a Volvo também investiu na instalação de uma rede de carregamento rápido em rodovias no Brasil. A primeira fase, que será implantada em 2022, cobrirá 3.250 quilômetros em 13 corredores, indo de São Paulo até cidades como Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro, Uberlândia, Baixada Santista, Litoral Norte do Estado e muito mais.

Os carregadores de 150kWh serão capazes de completar a bateria de um XC40 em menos de 40 minutos.

Outras empresas também estão migrando para a venda de carros híbridos ou totalmente elétricos. A Volkswagen, por exemplo, tem toda uma linha planejada para chegar ao mercado nos próximos anos.

Apesar da pandemia do novo coronavírus ter segurado um pouco os planos, o fato é que ela deve acabar acelerando a adoção de veículos elétricos.

Aqui no Brasil, um dos grandes impeditivos para a adoção dos automóveis elétricos é, realmente, a falta de infraestrutura, embora o preço também seja um aspecto bem complicado (R$150 mil ainda é 3x o valor do carro mais barato do país atualmente).

Portanto, ainda que o custo por quilômetro seja menor, o fato é que o financiamento para carros elétricos ainda é inacessível à grande parte do mercado brasileiro.

Afinal, como mencionado, o preço mais baixo de um carro elétrico é equivalente a mais ou menos
150 salários mínimos no Brasil, o que equivale a 12 anos e seis meses de trabalho.

Outro ponto que dificulta a adoção de carros elétricos é as mudanças de mecânica e cuidados. Se você não sabe como cuidar de um veículo elétrico, pode ver algumas dicas neste blog.

Por isso, ainda não é fácil ver os carros elétricos superarem os carros a combustão. Levará algum tempo para que haja uma mudança significativa no mercado, mas as notícias são animadoras.

Portanto, podemos esperar que o ritmo de crescimento continue alto nos próximos anos ou meses para eventualmente alcançar a marca de 10% do mercado. Nesse ponto, é aceitável esperar que o segmento ganhe mais espaço e se torne mais importante nas políticas públicas, inserindo elementos como postos de carregamento públicos e por aí vai.

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