Olá, internautas
“Fina Estampa” continua a alcançar expressivos índices de audiência, diante do novo cenário da TV brasileira. A novela normalmente atinge o patamar dos 40 pontos. Aguinaldo Silva escreve uma trama com personagens caricatos. Puro entretenimento para o telespectador. Não há uma preocupação em discutir assuntos da realidade. “Isso acontece só em novela” é a linha adotada na produção.
No decorrer dos capítulos, Christiane Torloni acertou o tom da vilã-mor Tereza Cristina. A megera fortaleceu o tom cômico ao lado dos “escravos” Crô (Marcelo Serrado), zoiudo Baltazar (Alexandre Nero) e da anã Marilda (Kátia Moraes) que, aliás, ganhou mais espaço na novela.
A famosa expressão “bebê” entoada por Christiane em uma entrevista durante o Rock in Rio, que virou mania nas redes sociais, foi inserida nos diálogos da personagem. “Vamos cantar para subir, bebê”, declarou a megera no assassinato de Marcela no hospital.
Por outro lado, o núcleo liderado pela doutora Danielle Fraser não cola com o restante das tramas. A história, que lembra as abordadas por Gloria Perez, como “Barriga de Aluguel”, acrescenta em nada. Renata Sorrah não consegue desencarnar, desde 2004, da inesquecível Nazaré Tedesco. A força da personagem é tão forte que até a "Rainha do Nilo" evoca os mantras da enlouquecida Naza. A “escada da morte” voltou com tudo.
Tereza Cristina já entrou na galeria de vilãs inesquecíveis da teledramaturgia nacional. Méritos de Christiane Torloni.
Fabio Maksymczuk