26/10/2021 às 17h50min - Atualizada em 26/10/2021 às 17h47min

Exportação brasileira de lácteos: mercados e produtos

A atividade leiteira no Brasil é um dos grandes destaques agropecuários, sendo responsável por um enorme número de empregos gerados e a ajuda a compor a renda de milhares de famílias. 

 

Além de ser importante dentro do cenário nacional e no mercado interno, os laticínios também representam bons negócios nas exportações. A competitividade desses produtos brasileiros ainda não é alta, devido, principalmente, ao seu alto custo de produção e à qualidade ainda inferior ao da concorrência. 

 

Apesar disso, o país vem conquistando mercados e ampliando a produtividade. O mundo inteiro vem consumindo mais leite e derivados, o que pode facilitar a entrada de produtos lácteos do Brasil em outros países. 

Qual a documentação exigida para exportar?

Para exportar produtos de outra natureza, a documentação exigida é basicamente:

 
  • Certificado de origem (CO);

  • Packing List ou Romaneio de Carga;

  • Fatura Proforma;

  • Fatura Comercial;

  • Conhecimento de embarque;

  • Licenciamento de Importação (LI); 

  • Declaração de Importação (DI).

 

A exportação de lácteos tem algumas outras exigências. Segundo o site do Governo Federal, é necessária a apresentação também da seguinte documentação:

 

a) Declaração Agropecuária de Trânsito Internacional – DAT;

 

b) Certificado Sanitário Internacional (CSI), quando couber. O CSI original estará dispensado de apresentação por meio físico, quando os dados de natureza sanitária compuserem a DAT. Em casos específicos, a fiscalização poderá determinar a apresentar física do documento original;

 

c) Documentação de respaldo anexado ao dossiê de exportação no Portal Único do Comércio Exterior, para os casos em que a certificação sanitária internacional seja emitida pelo Vigiagro: Guia de Trânsito – GT, Certificado Sanitário Nacional – CSN e Certificado de Inspeção Sanitária modelo E – CIS-E; e

 

d) Documentos de natureza fiscal referentes a operação (DU-E ou, no caso de LPCO não vinculado, a NF-e anexada ao dossiê).

 

O site do Governo Federal também explica como deve se proceder para realizar a exportação. Os interessados podem acessá-lo e tirar todas as suas dúvidas. 

Para que países o brasil pode exportar produtos lácteos?

Os países que mais importam leite e produtos lácteos são Estados Unidos, Venezuela, Chile, Paraguai, Filipinas e Emirados Árabes Unidos. 

 

As parcerias brasileiras são com alguns desses mercados e ainda com Argentina e Uruguai. Recentemente, o México abriu suas fronteiras, depois de uma minuciosa análise sanitária, para receber nossos produtos. 

 

Isso representa um avanço importante econômico e em termos sanitários também, pois é uma conquista de um novo mercado depois de obedecer aos padrões exigidos pelo novo parceiro comercial do Brasil.

 

Além do México, o Egito entrou na rota de exportação de produtos lácteos, principalmente leite em pó. A questão com o país asiático é que sua produção está aquém de seu consumo. A população cresceu e permanece em crescimento, aumentando a demanda. 

 

Essa nova parceria deve ajudar o país a suprir sua necessidade de leites e outros produtos lácteos que venham a ser importados por eles. 

 

A China também abriu seu mercado para os produtos lácteos brasileiros, o que foi extremamente significativo economicamente para o nosso país. São mais de 4 milhões de dólares nessas transações. 

Quais os produtos lácteos mais importados?

O leite em pó é o principal produto lácteo exportado pelo Brasil. Recentemente ele passou a ser comercializado no exterior com o preço bastante aproximado dos demais países que também exportam o produto. 

 

O Egito, por exemplo, poderá receber leite em pó, queijos e outros produtos lácteos. Já outros países, como o Chile, pode receber queijos e iogurtes, caso os projetos em tramitação sejam aprovados. 

 

Então, os produtos que mais saem do Brasil com destino aos mercados externos são Leite, queijos e iogurtes. À medida que ele for se ampliando e ganhando força, mais produtos lácteos podem entrar em negociação.  

 

O mercado chinês recebe do Brasil leite em pó, manteiga, leite condensado e queijos. 

Perspectivas para o mercado em 2021

Mesmo em meio à pandemia, o setor de laticínios conseguiu bater recorde de exportação em 2020. A alta de mais de 22% animou os empresários que apostaram principalmente no leite em pó, leite modificado e no creme de leite. 

 

A expectativa é que, com a abertura de novos mercados - Oriente Médio, China e México - as exportações continuem crescendo e aquecendo a economia brasileira até o final deste ano. 

 

Só no primeiro semestre de 2021, as exportações tiveram uma alta de mais de 46% em comparação com o mesmo período do ano passado. E ainda foi 16% maior do que no segundo semestre do ano anterior. Esse crescimento só foi possível graças à valorização do dólar, que aumentou cerca de 9,4%.



 
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