A atividade leiteira no Brasil é um dos grandes destaques agropecuários, sendo responsável por um enorme número de empregos gerados e a ajuda a compor a renda de milhares de famílias.
Além de ser importante dentro do cenário nacional e no mercado interno, os laticínios também representam bons negócios nas exportações. A competitividade desses produtos brasileiros ainda não é alta, devido, principalmente, ao seu alto custo de produção e à qualidade ainda inferior ao da concorrência.
Apesar disso, o país vem conquistando mercados e ampliando a produtividade. O mundo inteiro vem consumindo mais leite e derivados, o que pode facilitar a entrada de produtos lácteos do Brasil em outros países.
Para exportar produtos de outra natureza, a documentação exigida é basicamente:
Certificado de origem (CO);
Packing List ou Romaneio de Carga;
Fatura Proforma;
Fatura Comercial;
Conhecimento de embarque;
Licenciamento de Importação (LI);
Declaração de Importação (DI).
A exportação de lácteos tem algumas outras exigências. Segundo o site do Governo Federal, é necessária a apresentação também da seguinte documentação:
a) Declaração Agropecuária de Trânsito Internacional – DAT;
b) Certificado Sanitário Internacional (CSI), quando couber. O CSI original estará dispensado de apresentação por meio físico, quando os dados de natureza sanitária compuserem a DAT. Em casos específicos, a fiscalização poderá determinar a apresentar física do documento original;
c) Documentação de respaldo anexado ao dossiê de exportação no Portal Único do Comércio Exterior, para os casos em que a certificação sanitária internacional seja emitida pelo Vigiagro: Guia de Trânsito – GT, Certificado Sanitário Nacional – CSN e Certificado de Inspeção Sanitária modelo E – CIS-E; e
d) Documentos de natureza fiscal referentes a operação (DU-E ou, no caso de LPCO não vinculado, a NF-e anexada ao dossiê).
O site do Governo Federal também explica como deve se proceder para realizar a exportação. Os interessados podem acessá-lo e tirar todas as suas dúvidas.
Os países que mais importam leite e produtos lácteos são Estados Unidos, Venezuela, Chile, Paraguai, Filipinas e Emirados Árabes Unidos.
As parcerias brasileiras são com alguns desses mercados e ainda com Argentina e Uruguai. Recentemente, o México abriu suas fronteiras, depois de uma minuciosa análise sanitária, para receber nossos produtos.
Isso representa um avanço importante econômico e em termos sanitários também, pois é uma conquista de um novo mercado depois de obedecer aos padrões exigidos pelo novo parceiro comercial do Brasil.
Além do México, o Egito entrou na rota de exportação de produtos lácteos, principalmente leite em pó. A questão com o país asiático é que sua produção está aquém de seu consumo. A população cresceu e permanece em crescimento, aumentando a demanda.
Essa nova parceria deve ajudar o país a suprir sua necessidade de leites e outros produtos lácteos que venham a ser importados por eles.
A China também abriu seu mercado para os produtos lácteos brasileiros, o que foi extremamente significativo economicamente para o nosso país. São mais de 4 milhões de dólares nessas transações.
O leite em pó é o principal produto lácteo exportado pelo Brasil. Recentemente ele passou a ser comercializado no exterior com o preço bastante aproximado dos demais países que também exportam o produto.
O Egito, por exemplo, poderá receber leite em pó, queijos e outros produtos lácteos. Já outros países, como o Chile, pode receber queijos e iogurtes, caso os projetos em tramitação sejam aprovados.
Então, os produtos que mais saem do Brasil com destino aos mercados externos são Leite, queijos e iogurtes. À medida que ele for se ampliando e ganhando força, mais produtos lácteos podem entrar em negociação.
O mercado chinês recebe do Brasil leite em pó, manteiga, leite condensado e queijos.
Mesmo em meio à pandemia, o setor de laticínios conseguiu bater recorde de exportação em 2020. A alta de mais de 22% animou os empresários que apostaram principalmente no leite em pó, leite modificado e no creme de leite.
A expectativa é que, com a abertura de novos mercados - Oriente Médio, China e México - as exportações continuem crescendo e aquecendo a economia brasileira até o final deste ano.
Só no primeiro semestre de 2021, as exportações tiveram uma alta de mais de 46% em comparação com o mesmo período do ano passado. E ainda foi 16% maior do que no segundo semestre do ano anterior. Esse crescimento só foi possível graças à valorização do dólar, que aumentou cerca de 9,4%.