14/08/2020 às 20h39min - Atualizada em 14/08/2020 às 20h16min

SAMBAS DE ENREDO MEMORÁVEIS

A história do Carnaval carioca representada por SAMBAS MEMORÁVEIS de escolas tradicionais, contada através de 3 álbuns: décadas de 60, 70 e 80.

Henrique Harmonia

Henrique Harmonia

Atualmente com Colunas em 10 Portais de Notícias, 5 Jornais e 1 Revista, além do Programa Em Harmonia, exibido em 36 emissoras do Brasil

(Foto: Divulgação)
O samba enredo foi declarado patrimônio imaterial do Rio de Janeiro, em 2016. Além de animação e cadência, traz muita história e algumas letras permitem passear pela memória da cidade e do país, em versos cheios de poesia, crítica e informação.
Imagine viajar no tempo e poder voltar algumas décadas atrás para ouvir sambas-enredo eternizados na memória do Brasil. Agora solte sua mente e permita-se sonhar ainda mais.
Imagine estas obras sendo cantadas pela voz inigualável de um verdadeiro ícone da cultura popular brasileira. Acorde, que isso não mais é um sonho! O sonho, enfim, se tornou realidade. Sonhou com um Rei e, adivinhe, foi sorteado com um Leão. Um Leão na arte da interpretação do Samba Enredo.
Em prol do RESGATE DA CULTURA DO SAMBA ENREDO, a história do Carnaval Carioca será representada por SAMBAS DE ENREDO MEMORÁVEIS de escolas tradicionais e contada através de 3 álbuns: décadas de 60, 70 e 80.
O projeto teve início em fevereiro de 2020, com a publicação no Spotify (e outras plataformas digitais) do 1º álbum da série, contendo 12 sambas da década de 60, gravados com o G.R.B.C. Doentes da Sapucaí e cantados por nada menos que o consagrado Luiz Antônio Feliciano “Neguinho da Beija-Flor” Marcondes, ou simplesmente Neguinho da Beija-Flor.
Os sambas das décadas de 70 e 80 ainda serão gravados e publicados nos próximos meses.
 
Os Autores: Neguinho da Beija Flor
A Beija-Flor de Nilópolis foi fundada no natal de 1948. Seus fundadores jamais poderiam supor que no inverno do ano seguinte viria ao mundo aquele que se tornaria a mais significativa voz em todos os tempos na azul e branca. Luiz Antônio Feliciano Neguinho da Beija-Flor Marcondes, ou simplesmente Neguinho da Beija-Flor, completou 70 anos em 2019, quase 5 décadas dedicadas à uma única escola de samba, o que faz dele a principal referência atual das escolas de samba.
Embora hoje Neguinho possua uma incontestável relação com a cidade de Nilópolis, município que se orgulha em ser a terra da Beija-Flor, o cantor é de Nova Iguaçu, cidade vizinha. Foi na escola da cidade que o jovem Luiz Feliciano deu seus primeiros passos. Chamado de Neguinho da Vala, recebeu a alcunha por viver caçando rãs, muçuns e cascudos em valas. Com 10 anos de idade o primeiro prêmio: uma lata de goiabada por ter interpretado um samba de Jamelão em um parque de diversões.
A chegada de Neguinho na Beija-Flor tem um toque do destino. Um ano antes, em 1975, o intérprete oficial da agremiação Bira Quininho havia morrido assassinado. Neguinho foi chamado para um teste e não compareceu. Mesmo assim seu desempenho na Leão de Nova Iguaçu chamou a atenção de Anísio Abrahão David e ele foi convidado. Ao chegar na escola quis entrar na disputa de samba para o Carnaval 1976, ‘Sonhar com Rei dá Leão’. O carnavalesco Joãozinho Trinta abriu uma exceção para inscrever a obra de Neguinho, pois o prazo já havia se encerrado. A história se encarregou de fazer justiça aos dois personagens e a Beija-Flor ganhou seu primeiro campeonato.
Para contar a história da Beija-Flor é obrigatório passar pela voz de Neguinho. Todos os 14 campeonatos da escola aconteceram na inconfundível voz dele. Em três oportunidades o samba que levou a Beija a campeonatos foi de autoria do cantor: 1976, 1978 e 1983. Obras que são cantadas até hoje em qualquer quadra. É de autoria de Neguinho também o hino de exaltação oficial da escola, ‘Deusa da Passarela’. A canção foi encomendada a Neguinho pelo então carnavalesco Joãozinho Trinta.
Uma escola de samba tem como sua marca uma voz. Além do visual, a Beija-Flor tem o Neguinho como sua grande marca. Falar dele é simplesmente falar da história da própria festa. Ele é um órgão vital da escola. Todo ano, não existe carnaval antes da Beija-Flor e do Neguinho passarem.
 
Os Autores: Doentes da Sapucaí
Os Doentes da Sapucaí são um bloco de carnaval paulistano com foco em Samba Enredo que tem como missão “Resgatar a Cultura do Samba de Enredo no coração e na mente do brasileiro”.
O Festival de Samba é um evento em formato de “roda de samba enredo” através do qual os Doentes se propõe a levar ao público uma música de qualidade, sempre com a presença de convidados importantes do universo do samba, cantando diversos clássicos ao lado dos ritmistas do bloco.
O festival é realizado desde junho de 2019, e na edição de Agosto/2019, o artista convidado foi Neguinho da Beija Flor, que cantou sambas clássicos da escola de Nilópolis, como "Sonhar com Rei Dá Leão" de 1976 (ano que estreou como intérprete principal da Beija Flor), “Monstro é aquele que não sabe amar”, sucesso de 2018, entre vários outros.
A partir de então, Doentes da Sapucaí e Neguinho da Beija Flor firmaram uma parceria na realização do projeto Sambas Memoráveis, que traz na sua essência justamente a valorização do samba enredo, um verdadeiro patrimônio cultural brasileiro.
 
Contato: Rogério Portos: (11) 98762-3666 / [email protected]
Acesse: www.doentesdasapucai.com
Link
Leia Também »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp