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Nesta segunda-feira (09/04), “Vidas em Jogo” chegou ao último capítulo. A novela, escrita por Cristianne Fridmann e com direção geral de Alexandre Avancini, ficou no ar por quase um ano. Para sustentar a vitalidade da obra, a autora explorou temas sensíveis por um período específico que depois “naufragava” no enredo: aborto, síndrome de down, violência doméstica, AIDS, transexualidade e crack. A produção trouxe momentos instigantes ao telespectador e resultado superior em relação à antecessora “Ribeirão do Tempo”. O último capítulo foi uma grande "Pegadinha do Mallandro" com o público. Não havia palhaço assassino. Confira o balanço com os pontos positivos e negativos.
PONTOS POSITIVOS
Beth Goulart: a atriz foi a estrela máxima da novela. Interpretou uma vilã humanizada, Regina, que fazia tudo em prol das filhas. Trabalho magistral.
Denise Del Vecchio: a atriz sempre interpretou na Record a figura da boa mãe. Em “Vidas em Jogo”, isso parecia se repetir, até o momento da descoberta da transexualidade. Ela realmente se entregou à personagem e comoveu grande parte dos telespectadores, inclusive os mais conservadores.
Rômulo Arantes Neto: melhor trabalho do ator em sua carreira artística. As cenas de renegação de Raimundo com sua mãe Augusta foram as melhores passagens na novela.
André di Mauro: o ator também é ponto positivo de “Vidas em Jogo”. Viveu o personagem misterioso Carlos. Seus momentos com o cachorrinho Zé, na primeira parte da novela, marcaram a trama. Ps: nem preciso falar que não gostei da morte do Carlos.. Agora os autores resolveram punir os “personagens do bem”... A autora ressuscitou todos e puniu o Carlos? Há algo errado...
Ricky Tavares: o jovem ator deu conta do recado com o personagem Welligton. Começou com um rumo juvenil, viveu momentos de romantismo e embarcou, na reta final, no mundo do crack. Nesse momento, interpretou cenas difíceis e mostrou a "propagada" versatilidade.
Thais Fersoza: a atriz conseguiu viver os dois lados da “patricinha” Patricia que começou como megera e passou para a turma do bem.
Discurso da Betty Lago (Marizete): o discurso da atriz realmente emocionou no último capítulo.
PONTOS NEGATIVOS
Julianne Trevisol: sem dúvida, a maior decepção da novela. A atriz, que tinha conquistado bom espaço na saga dos mutantes, não convenceu, em momento algum, como a mocinha da novela, Rita. Depois, a personagem, no último mês da novela, transformou-se, de uma hora para outra, em criminosa e sequestradora. Seria alguma orientação das pesquisas de opinião pública? Caso estivesse já planejando no roteiro, a passagem não foi bem realizada. O caso do sequestro ficou com “nó cego”. É só resgatar as cenas dos capítulos do ano passado e cruzar com a história retratada nesse ano.
Claudio Heinrich (Elton): passou ares de canastrão. Já não é a primeira novela do ator.
Abertura da novela: abertura sem inspiração e relação mínima com as histórias retratadas na trama.
PS: Por onde anda Tatiana (Shaila Arsene)? A garota não apareceu no último capítulo. A atriz-mirim é muita graciosa no vídeo. Mancada...
Fabio Maksymczuk