Nascida e criada na Rocinha, jovem surpreende ao inaugurar terceira loja e afirma: “A maioria dos moradores da favela são vencedores”

Driblando a crise econômica brasileira e deixando muitos lojistas experientes no chinelo, a ex-vendedora de loja de shopping, Ale Bernards, inaugurou nesta quinta-feira, dia 8, mais uma loja. 

 

Não é de hoje que a jovem de apenas 30 anos nascida e criada na Rocinha vem se destacando no ramo empresarial. A maior favela do Brasil e que está entre as maiores comunidades do mundo ficou pequena para tamanha dedicação de Alessandra, que abdica até da diversão para fazer de seu negócio um grande empreendimento. 

 

“Deixo de curtir muitas baladas para acordar cedo e trabalhar o dia inteiro satisfeita e com sorriso no rosto. Talvez esse seja o segredo para eu ter crescido tanto mesmo com a crise”, conta a empresaria. 

 

Tudo começou com uma página virtual e em pouco tempo foi inaugurada a Boutique Ale Bernards, que ao vender seus looks jovens e ousados acabou conquistando clientes dentro e fora da comunidade, alem de diversas famosas como a miss Rio de Janeiro Nathalia Pinheiro, a atriz Roberta Rodrigues, entre outras, fazendo com que Alessandra desse mais um grande passo que foi abrir sua segunda loja situada no Praia Shopping, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. 

 

Ale, sempre muito criativa, arrumou uma forma de alcançar até aquelas clientes que tinham medo ou preconceito de visitar a loja por estar situada em uma comunidade. Assim a loja conta com um serviço de motoboy que entrega gratuitamente de segunda à sexta-feira os looks de forma segura e rápida. 

 

Com atendimento diferenciado e preços acessíveis, a empresária, que tem desde o inicio o apoio de seu sócio, Saulo Freitas, acaba de abrir mais uma loja, agora no badalado bairro de Copacabana. O coquetel de inauguração em clima de carnaval contou com a presença das atrizes Laura Keller e Mayara Bueno, a blogueira Stephanie Viegas, participante do  reality show,  De Férias com o Ex, entre outras personalidades.

 

“Hoje fez 3 meses que me mudei da comunidade, nunca tive e nunca terei vergonha de dizer de onde vim; Lá dentro tem pessoas do bem, a maioria dos moradores da Favela da Rocinha são vencedores por não desistirem de seus sonhos independente de toda dificuldade. E sim, eu também me considero uma vencedora”, conclui a jovem, emocionada e radiante com sua nova conquista.