22/02/2016 às 10h35min - Atualizada em 22/02/2016 às 10h35min

Crise: Não vou entrar nessa!

IPOG
Luiz Claudio Zenone

Luiz Claudio Zenone é Doutor em Ciências Sociais e Mestre em Administração com ênfase em Marketing pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC/SP. É professor de Pós-Graduação no IPOG (ipog.edu.br), nos cursos de Comunicação Empresarial & Mídias Digitais e de Liderança e Gestão Empresarial. Consultor organizacional especialista em Marketing e autor de diversos livros na área de Marketing.

O problema maior, em momentos de crise, é a prostração de certas pessoas (gestores e empreendedores) mediante a necessidade de estabelecer o “novo”.  A crise nunca foi uma dificuldade para o empreendedor que goste de trabalhar e tenha a mente aberta para as oportunidades que surgem nestes momentos. Isto serve tanto para pequenas, médias ou grandes empresas de todos os setores e segmentos!

O “pequeno” empreendedor, e aí o difícil é identificar o que é de fato ser pequeno, tem normalmente a flexibilidade para, de forma mais rápida, se adaptar a novas situações. O tamanho de uma empresa e a complexidade de uma organização, muitas vezes (e isso não é uma regra), faz com que se torne mais difícil qualquer tipo de modificação seja em produtos, processo ou estratégias. 

Seguem algumas ideias e dicas para o gestor e/ou empreendedor mediante a uma situação de crise: 
Em primeiro lugar, a palavra de ordem em mercados de alta competitividade é ser flexível, e não estou falando em flexibilidade apenas em relação à produção ou comercialização de um produto ou serviço.  É importante que as pessoas que compõem a empresa também sejam flexíveis. A maior resistência em relação a uma mudança está na própria resistência das pessoas.

Outro ponto importante é um controle ainda mais rigoroso sobre custos. Saber administrar os custos não significa ter cortes, mas em analisar o que de fato é necessário sem abrir mão de investimentos. O caminho mais utilizado nestes momentos é de enxugar. Porém, cuidado! Pois são raras as empresas que conseguem fazer isto com competência. Estar atento aos custos significa, sobretudo, aumentar a energia sobre a relação custo versus benefício.Quando a crise se torna mais longa, é o momento de usar sua rede de

relacionamentos para um trabalho conjunto, formando redes de parcerias. O conjunto sempre é mais forte que o individual e, por isso, unir esforços e desenvolver estratégia conjunta significa aumentar poder de barganha, reduzir custo e expandir a carteira de prospects e suspects.

Mas a pergunta é: É fácil fazer tudo isso? Ah, quando se já está em momentos de crise realmente não é fácil, apesar de possível. O ideal é planejar e dentro do processo de planejamento incorporar sempre um plano de contingente para cenários difíceis. 

Especialistas em diversas mídias, institutos sérios de pesquisa entre outras fontes de pesquisa sempre vão apresentando possíveis cenários. Muitos autores se dedicam a apresentar tendências seja na área econômica, social, tecnológica etc. O gestor e/ou empreendedor deve ficar muito atento para os sinais que o mercado apresenta e acompanhar sua evolução e, constantemente, adaptar o plano de negócios.

Outra pergunta que é sempre feita: O “pequeno” costuma fazer um plano de negócios? Tem tempo para construir e acompanhar cenários?  Evidentemente que o “Senhor Desculpinha” sempre vai dizer que não tem tempo de planejar ou de acompanhar o mercado, mas adianto que plano é algo que deve ser tratado como natural em toda organização de qualquer tamanho ou mercado. Todo ser humano sabe que sem um plano não se faz nada na vida, e no que diz respeito à pessoa jurídica isso não é diferente!  

A dica final para o leitor é estar sempre preparado. O empreendedor deve desenvolver o seu “produto”, suas habilidades, conhecimento e competência. Muitas destas questões já fazem parte do DNA do empreendedor e outras podem ser desenvolvidas ou melhoradas. 

Procurar bons cursos (e cursá-lo na sua plenitude!), ter contato com profissionais experientes do mercado, exercitar a mente com atividades intelectuais como ler um bom livro, assistir peças de teatro que permitam a reflexão ou apresentem elementos históricos, frequentar museus, cinemas entre outros elementos auxiliam no desenvolvimento do profissional, ou seja, o seu “produto”. 

Além de cuidar do interior, o empreendedor deve ter o mesmo cuidado com o exterior, ou seja, com a embalagem. No que diz respeito à “embalagem”, o profissional deve cuidar de seu visual incluindo roupas, corte de cabelo, cuidado com a higiene, etc. A roupa sempre deve estar adequada ao ambiente que está e de acordo com seu perfil também. Sua forma de se vestir não poderá ser falsa em relação as suas características pessoais, pois isso é facilmente percebida por outras pessoas. 

Se o empreendedor cuida das atividades de atendimento ao público, sejam clientes, fornecedores e outros parceiros, o cuidado deve ser redobrado, pois a imagem do profissional interfere na imagem da empresa e muitas vezes do próprio produto oferecido ao mercado. A maneira de agir, a forma de falar, de andar de gesticular forma em seu conjunto a imagem do profissional. 
 

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