07/06/2012 às 00h17min - Atualizada em 07/06/2012 às 00h17min

Record erra na insistência com "Cidade Alerta"

Programa não funcionou com José Luiz Datena no ano passado

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Olá, internautas

A Rede Record enfrenta um momento delicado. Queda abrupta nos índices de audiência. Vice-liderança abalada no IBOPE. Para reverter a tendência, os diretores do canal remexem na programação. Nesta semana, de supetão, resolveram resgatar, mais uma vez, o “Cidade Alerta”, programa que não funcionou com José Luiz Datena no ano passado.

Mesmo assim, os diretores insistem que a atração resgatará a audiência no período vespertino. Estratégia equivocada. O “Cidade Alerta” funcionou dentro da estrutura da emissora nos anos 90 e com a explosão de violência em São Paulo e Rio de Janeiro. A Record construiu uma nova imagem nos últimos anos. Esse tipo de telejornal não combina com o restante da programação. É um retrocesso.

Desta vez, Marcelo Rezende comanda o noticiário policial. Reinaldo Gottino voltou a  ser repórter. O veterano Sergio Dias, que integrava o “Aqui Agora”, também aparece na velha nova atração. O comentarista Percival de Souza está por lá. O jornalista aparece ao lado de Rezende no pequeno estúdio.

Nesta semana, “Cidade Alerta” explorou o bárbaro assassinato do empresário Marcos Matsunaga que teria sido esquartejado pela sua esposa. Até uma fraca simulação do crime foi ao ar para retratar o crime. Uma faca com sangue gotejando estourou no vídeo. Rezende aproveitou o caso para exibir uma reportagem sobre “prostituição de luxo”. Elemento fundamental para esse tipo de atração. Sexo e morte.

As imagens das câmeras de segurança, que exibem Marcos e família em um elevador, também vão ao ar incessantemente. Não só no “Cidade Alerta”, mas em outros, como o “A Tarde é Sua”. É o “Big Brother” do “mundo cão”.

Nesta quinta (07/06), em tom sincero, Rezende desabafou. “Esse caso já deu”, bradou o apresentador. Imediatamente, já mostrou outra história. Uma adolescente morta e o filho raptado por um casal de namorados.  

A Record deveria apostar no original “Tudo a Ver”, programa comandado por Paulo Henrique Amorim e Patrícia Maldonado que fazia parte da estratégia “A caminho da Liderança”. Ou então produzir uma atração no estilo do “Estúdio i”, exibido na Globo News pela jornalista Maria Beltrão. O telespectador agradece.


Fabio Maksymczuk

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