29/07/2015 às 09h20min - Atualizada em 29/07/2015 às 09h20min

Alessandra Vale

Escritora

Thiago Santos

 Thiago Santos: Quem é o ser humano Alessandra Vale?

 Alessandra Vale: Suspiros... Talvez algumas pessoas comecem sempre da mesma forma, dizendo que é muito difícil falar de si mesma. Vez ou outra faço uma auto-análise e basicamente é isso que enxergo; vejo um ser humano divino (rs), humano em todos os sentidos dos erros, uma pessoa potencialmente má, portadora de críticas pesadas, me pego muitas vezes desejando o mal a quem pratica o mal, mas ai vem o lado divino... Estou aprendendo a perdoar aos que fazem mal, controlar meus instintos mais selvagens, e submetê-los aos meus comandos, a amar e compreender as pessoas, mesmo quando elas são incoerentes, evito falar sem pensar, ou agir sem antes pesar os pros e contras, busco pessoas chaves para desabafar e assim não magoar ninguém. Por fim, como humana procuro me conectar com o Deus Criador e Eterno, e sugar D'Ele os ensinamentos necessários para aplicar na vida.

 

 Alessandra?

 Uma romântica incorrigível... Alguém que tem o desejo de passar mensagens que façam a diferença, tocar emoções e se emocionar, vivo cada momento que escrevo e sinto isso de forma real. Sou uma pessoa que acredita e tem esperanças, mesmo quando tudo parece apontar para o lado contrário, teimosa eu? Talvez! (rs)

 

 Todo escritor um dia foi um leitor. A primeira leitura que tocou sua alma profundamente foi?

 A primeira que me tocou foi, A bolsa amarela, de Lygia Bojunga, na minha infância. 

 

 O sonho, e o desejo quanto à arte da escrita já era existente?

 Esse sonho surgiu na adolescência, mas não levei a serio.

 

 E uma decisão foi tomada?

 Em 2013 eu trabalhava como secretária e tinha uma assistente, foi nessa ocasião que o desejo de escrever retornou, mas ele não veio sozinho, trouxe consigo uma nova inspiração, Uma vida em quatro estações; (o primeiro livro que escrevi até o fim, mas ainda não publiquei, e nem tem data para isso), Ísis a minha assistente naquela época, começou a ler os primeiros capítulos e seu incentivo foi fundamental para que eu desse os primeiros passos, então decidi... “Era hora de encarar o mundo literário!”

 

 Decisão tomada, hora de agir em prol da escrita. E qual foi o resultado?

 O resultado foi surpreendente! De repente eu estava de baixo do chuveiro e pensei: “imagina se no meio do velório a pessoa levantasse do caixão?” Imaginei pessoas correndo, coroas de flores sendo derrubadas, pessoas com olhos arregalados e assustadas com o acontecimento, e continuei pensando... e se no momento seguinte a protagonista descobrisse que estava viúva, e se em um outro momento ela descobrisse que seu marido (com quem estava casada há oito anos) a traia e tinha um filho com seis anos, fui me empolgando com a história, e se houvesse... Ai meu Deus, e se essa reviravolta acontecesse? Queria ver o rosto de cada leitor ao chegar nessa parte! Fui imaginando pedaço por pedaço e o resultado ficou incrível.

 

 Nos conte como e quais emoções lhe vieram desde as primeiras palavras até o momento do livro já publicado e tendo ele em suas mãos?

 Fiquei empolgadíssima com a ideia de escrever esse romance, uma amiga Valdirene (minha secretária voluntária rsrsrs) acompanhou capítulo por capítulo, ela era o termômetro de minhas emoções... desde o primeiro capítulo ri, chorei, me indignei e lutei, senti a ferida sendo aberta e saboreei a cicatrização dela, enquanto escrevia vivia a realidade de Alice como se fosse minha, por isso em cada palavra existe sentimento, seja de amor, rancor, raiva, alegria ou perdão... Eu, enquanto escrevia posso afirmar que, lágrimas e sorrisos brotaram como se fosse uma história real.

 Sofri com o momento da publicação, a gráfica não me entregava os livros e por alguns minutos (rs), acreditei que não ficariam prontos. O livro chegou na sexta-feira dia 12/09/2014 depois dás 21 horas, e a tarde de autógrafos estava marcada para o dia 14; mas quando paguei o livro, folheei algumas páginas e agradeci, eu tinha sido ousada em fazer tudo sem uma editora, mas me sentia extremamente realizada.

 

 Pode nos fazer um resumo sobre sua obra e também citar o que o leitor irá encontrar de fascinante em “Simplesmente Amigos”?

 Não tenho medo de errar quando digo, você vai se surpreender; isso é o fascinante do livro, com certeza não é clichê e alguns dizem ser uma lição de vida, mas é apenas uma história que se preocupa em prender o leitor do inicio ao fim; Alice descobre que a vida que ela vivia era uma farsa e decide mudar o rumo de sua história, procurando saber quem ela é de fato, e o que é real em sua vida, esse romance tem uma leve pitada quântica. (rs)

 

 Destino ou Acaso?

 Ai!!! (novos suspiros) Quando eu voltei para o Brasil, sai em busca de recolocação no mercado de trabalho, em uma dessas entrevistas de processo seletivo, (eu já estava angustiada por tantas que havia passado) estava sentada aguardando para ser atendida, quando resolvi que escreveria um livro sobre o drama que é ficar procurando emprego, e passando por entrevistas e mais entrevistas. O mais engraçado foi que escrevi o primeiro capítulo e para variar abandonei, porque achava que a história não era boa, foi em novembro de 2013 depois que fiz uma viagem a São Luiz no Maranhão, que tive inspirações com nomes e histórias engraçadas, foi lá que surgiu a ideia do momento surpreendente do livro, e finalmente montei o quebra-cabeça. Bingo! Eu tinha uma nova história.

 

 O lema de sua segunda obra está ligado ao fato de que o destino se tornou perito em um futuro responsável pela felicidade em amor?

 Na verdade eu acredito em Deus o Criador e Sustentador desse universo, e acredito em física quântica (rs), essa energia leva e traz pessoas, não que seja destino ou obra do acaso, ou que seja uma intervenção divina, mas mesmo sem querer conscientemente, criamos o que vivemos e somos responsáveis por isso. Por isso a pergunta: “quem determina quem entra, quem sai e quem fica na sua vida?” É obvio que existe um conjunto de fatores, mas a grosso modo, seria mais ou menos isso, escolhemos o que vivemos.

 

 Agora já são dois livros. Como é olhar para ambos e ver neles seu nome como autora?

 Meu Deus! Uma realização! Sem palavras...

 

 Se importa em expressar palavras que se tornem sinônimo de inspiração para o amigo leitor que também deseja viver em prol da arte? E também uma frase que seja capaz de descrever o que você sente por fazer algo que muito ama?

 Encontre onde está o seu potencial e siga, seja humilde e grato, você é apenas um instrumento, imagine se um piano resolvesse ser tocado sozinho? Eu deixo minhas emoções escreverem minhas palavras, e muitas vezes me surpreendo comigo, porém ainda assim preciso de ajuda para fazer com que minhas histórias tenham leveza, coerência e beleza!

 Primeiro nós temos que fazer tudo com amor, para depois descobrir o que amamos fazer...

 

 Para finalizar nos fale dos seus projetos atuais e futuro!

 Atualmente estou envolvida na divulgação dos dois livros, e escrevendo o que acredito ser o próximo a ser lançado, titulo - A morte pode esperar. Vou estar na Bienal do Rio de Janeiro nos dias 7 e 13, dando autógrafos no estande da Ler Editorial, e mais para o futuro uma curiosidade, o nome das protagonistas é Alice, como costumo dizer minhas Alices (rs), tenho um projeto de escrever cinco livros com protagonistas diferentes, mas o mesmo nome e o sexto livro, será uma união dos cinco primeiros... Vamos ver se consigo! Até a minha próxima Alice. (rs)

 Também gostaria de agradecer o carinho, adorei responder suas perguntas.

 Meus Contatos:

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