18/07/2015 às 09h34min - Atualizada em 18/07/2015 às 09h34min

JM Alvarez

Escritor

Thiago Santos

 Thiago Santos: Quem é o ser humano JM Alvarez?

 JM Alvarez: JM Alvarez, ou melhor, José Manoel Alvarez, é um capricorniano apaixonado pelo Botafogo e pela Cidade Maravilhosa do Rio de Janeiro, onde nasceu há 58 anos. Casado há 35 anos (com a mesma mulher), pai de três lindos filhos já adultos. Acredita muito na vida a dois, no casamento, e no bem prevalecendo sobre o mal, sentimentos que deixo sempre claros no meu primeiro livro. Trabalhei por 38 anos numa multinacional e quando me aposentei em 2013 resolvi que passaria a me dedicar a coisas que adoro, mas que ficaram relegadas durante os anos de trabalho; ler, escrever, desenhar e cinema/séries de TV.

 

 Alvarez?

 Amando cada momento desta minha nova vida, agora voltada para as artes. Muito diferente do estresse do dia a dia da época do trabalho assalariado. Agora existe prazer diário em tudo o que faço, pois faço o que gosto e me dá imensa satisfação, embora também tenha alguns prazos a cumprir, mas agora são coisas que amo fazer. Escrever, ler, divulgar e até dar entrevistas, como esta. Rsrsrsrs.

 

 Quando leio um livro sinto-me um homem sedento pela arte do viver. E você querido o que sente diante essa fantástica arte?

 A literatura é algo apaixonante para mim. Tinha nove anos quando ganhei meu primeiro livro de histórias, O Esquilo Voador, dado por minha professora no final do ano por eu ter tirado 100 (a história é antiga) em todas as matérias. Cheguei a casa e o devorei em poucos minutos. Alguns poucos anos depois eu descobri o escritor José Mauro de Vasconcelos, hoje, infelizmente, um pouco esquecido. Primeiro com O Palácio Japonês, com lindas ilustrações do grande artista Jayme Cortez, depois Meu Pé de Laranja Lima, Rosinha Minha Canoa, entre outros. Depois entrou na minha vida o Erico Veríssimo, meu favorito até hoje. E mesmo jovem eu me encantei com Ana Terra, Um Certo Capitão Rodrigo, O Tempo e o Vento, Clarissa, Saga, Incidente em Antares, entre outros. Todos estes autores foram importantes para minha formação, pois sua leitura transmitia bons valores. A literatura nos remete a universos inimagináveis e nos permite atingir um público gigantesco e carente por boas obras.

 

 Livro “O Esquilo Voador”?

 Sim. Dos quatro aos oito anos eu vivi na Espanha, pois minha avó sofreu um acidente e pediu que minha mãe voltasse para ficar com ela. Então minha mãe, que é espanhola, voltou para cuidar da mãe e me levou com ela. Lá eu passei a frequentar a escola e fui alfabetizado em espanhol. Quando voltei ao Brasil eu não falava mais o português, mas uma espécie de “portunhol”, onde prevalecia o espanhol. Esta professora, dona Luzinete me ajudou muito, entendendo o drama que eu vivia em começar a estudar num idioma em que não fora alfabetizado e só conhecia da linguagem oral de antes de ir para a Espanha. E ao final do meu primeiro ano estudando numa escola pública brasileira ela me presenteou com este livro, acredito que comprado de seu próprio bolso, pois fechei o ano com excelentes notas. Foi assim meu início com a literatura.

 

 O que sentiu no momento em que decidiu escrever uma sua própria obra?

 Medo. Este foi meu primeiro sentimento. Mas também havia coragem. Eu tinha acabado de comprar um e-book da Gisele Souza na Amazon. Era o livro Inspiração, cuja capa me atraiu de cara, pois é muito bonita. Olhei a sinopse e resolvi comprar. Li o livro num final de semana e fiquei maravilhado ao saber que ele até alguns meses atrás não havia publicado nada. E fiquei muito impressionado, então fui apresentado ao Wattpad onde ela e muitas outras autoras escreviam. Foi então que eu resolvi tentar e também passei a usar aquela plataforma para publicar os capítulos semanais do meu livro. A sensação de ver os comentários dos meus primeiros capítulos foi sensacional.

 

 E ao olhar para a capa do livro e ver nela seu nome escrito?

 Essa é uma emoção que eu só terei maior no dia que for à Bienal do Livro e encontrar meu livro impressos arrumado na prateleira do estande da Métrica/Tribo das Letras. Acho que a sensação de ter seu primeiro livro impresso em mãos só deve ser menor do que a de segurar nosso primeiro filho após o nascimento.

 

 Qual o tema central?

 O Amor e a amizade. No ano de 2327 Yara e seu namorado Felipe descobrem que a joia que ela tem como herança de família na verdade é um pen drive, nele havia um diário que conta uma misteriosa história de amor.

 O diário conta a história de Germano, um jornalista que viveu no Rio de Janeiro no ano de 2060, que ao realizar um trabalho em Nova Iorque conhece Elisabeth, por quem se apaixona perdidamente e acredita ser a mulher de sua vida. Entretanto uma forte ligação, muito além de sua compreensão, o aproximou de forma surpreendente de Bárbara, uma grande amiga. Um homem dividido entre dois amores e um segredo escondido pelo tempo.

 Voltando ao passado, em pleno ano de 1870, Germano encontra a resposta para desvendar o mistério que influência sua vida, de Elisabeth e Bárbara tantos anos depois, revelando assim o segredo que os conduz àquele Amor Infinito.

 No meu livro não tem vilões ou maldades exageradas, E o amor e a amizade são a base de tudo. Além de muito bom humor também.

 

 Quais características o leitor poderá ver em cada um dos personagens?

 Germano (Gegê): idealista, romântico, amigo incondicional e bom humor.

 Elisabeth e Bárbara são muito semelhantes: Românticas, lutadoras, idealistas e fieis a seus ideais.

 Isaura, a mãe de Germano, é uma pessoa de alto astral, protetora e muito bem humorada, que encara a vida com alegria e sabedoria.

 

 Imagino ser um desafio e tanto no ato da escrita utilizar do momento passado para definir o momento futuro?

 É verdade. Porque durante o livro foram ficando alguns ganchos e assuntos sem respostas, mas que eu já estava prevendo preencher ao final do livro quando Germano volta ao passado (como eu não vou contar aqui, tem que comprar o livro. Rsrsrsrs.) para solucionar todos eles. Foi muito prazeroso escrever sobre esta fase passada em 1870 numa cidadezinha do interior do Rio de Janeiro. Gostei tanto que o volume dois da série vai focar neste período. E as leitoras no Wattpad também gostaram muito, como pode ser constatado pelos comentários ao final dos capítulos. Meu livro não é espírita, mas adotei alguns conceitos, como falar em reencarnação. Então, seguindo estes preceitos, as reencarnações de um espírito visam o seu aperfeiçoamento como indivíduo. É isso que mostro em Amor Infinito, Erros cometidos por alguns personagens no passado, tem a chance de ser corrigidos no presente, no caso em 2060, onde eu situo 70% da ação.

 

 Também esta desenvolvendo um projeto voltado ao mundo dos quadrinhos?

 Sim, tenho esse projeto parado. Ele era anterior ao livro Amor Infinito, mas demanda mais tempo com muita pesquisa, coleta de material e entrevistas. É sobre O Judoka, um personagem de histórias em quadrinhos publicados pela saudosa EBAL, uma editora que foi a melhor do Brasil durante um grande período da sua existência, mas acabou falindo nos anos 80. Este personagem foi um projeto do saudoso editor Adolfo Aizen, que queria um herói brasileiro, já que a editora só publicava heróis americanos; Superman, Batman, Zorro, Tarzan, Homem-Aranha, Demolidor, entre dezenas de outros. Ela durou de 1969 a 1973 e era totalmente escrita e desenhada por artistas brasileiros. É sobre eles que eu vou escrever. O problema é que muitos já morreram ou simplesmente desapareceram e nem com a ajuda de “São Google” são encontrados. Já fiz várias entrevistas com os que estão vivos e agora só falta concluir o lançamento de Amor Infinito para me dedicar à conclusão deste projeto. Vai ser um livro ricamente ilustrado, mostrando detalhes da arte de cada um de seus desenhistas, além de muitas fotos encontradas em minhas pesquisas. Também terá muitas páginas com arte do personagem feitas por artistas atuais que querem homenageá-lo.

 

 Qual a filosofia de “O Judoka”?

 O Judoka era um jovem órfão que morava com seus tios, trabalhando de dia no escritório de arquitetura do tio e estudando à noite. Uma bela noite ele voltava a pé para casa junto com sua namorada Lúcia, que estudava junto com ele, quando foi atacado por um grupo de baderneiros que o agrediram. Isso era algo que se repetiu algumas vezes. Um dia ele salvou um senhor de ser atropelado. Ele era o mestre de artes marciais Minamoto. Ele viu que Carlos tinha este problema com os baderneiros e, em pagamento pelo seu salvamento, passou a ensinar artes marciais ao jovem (judô, karate, principalmente). Quando julgou que ele estava preparado, usando magia, pois também era mestre nesta arte, transformou o jovem no herói Judoka. E ele passou a lutar contra o mal e ajudar os necessitados.

 

 Se importa em expressar palavras que se tornem sinônimo de inspiração para o amigo leitor que também deseja viver em prol da arte? E também uma frase que seja capaz de descrever o que você sente por fazer algo que muito ama?

 Sonhar. Sonhar sempre. Por mais irreal que seu sonho possa parecer você tem que acreditar que vai poder realizá-lo. Ele pode demorar, como o meu demorou, mas depois você será recompensado. Não há nada mais prazeroso do que você estar fazendo aquilo com o qual sonhou e pelo qual lutou com perseverança até alcançá-lo.

 

 Para finalizar nos fale dos seus projetos atuais e futuro!

 Como já falei numa das perguntas tenho o projeto do livro do Judoka para terminar. Além disso, ainda faltam dois volumes da saga Amor Infinito para escrever. O volume dois será todo no passado, em continuação ao término do livro atual. O terceiro será no futuro com os personagens Yara e Felipe, que aparecem neste primeiro romance como a ligação entre as diversas fases da história.

 Sendo que o mais imediato será o lançamento de Amor Infinito que acontecerá durante a Bienal do Livro 2015 no Rio de Janeiro, com sessão de autógrafos dia 05 de setembro das 15 às 17h, no estande do selo Métrica da editora Tribo das Letras, que estará localizado no Pavilhão Verde, Rua P20.

 Leia a DEGUSTAÇÃO com os primeiros 20 capítulos no Wattpad:

http://www.wattpad.com/story/20473306-amor-infinito

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