29/05/2015 às 13h56min - Atualizada em 29/05/2015 às 13h56min

Nina Santos

Atriz mineira, apaixonada pela arte da interpretação...

Thiago Santos

 Quem é o ser humano Nina Santos?

 É uma mineira que ainda tem muito por fazer e viver. Alguém que busca autoconhecimento através do trabalho e das vivências pessoais, que acredita na arte como meio de estabelecer novas relações com o mundo.

 

 Quando se deu conta que sua paixão estaria na arte da interpretação?

 Aos 15 anos. Foi quando comecei a fazer teatro amador na minha cidade (Itabira - MG). Através da prática teatral, passei a me relacionar melhor com as pessoas e  busquei ver o mundo de uma maneira mais sensível. Aos 20 anos eu comecei a pensar na possibilidade de estudar artes cênicas.

 

 O primeiro personagem tocou seu coração de que forma?

 Fui tocada pela alegria de estar no palco, de olhar para as pessoas sem medo. De me permitir ser vista sem receio ou pudor. Me senti livre e com muita vontade de seguir em frente.

 

 Como uma formação pode cooperar em prol de uma  profissão?

 Quando resolvi fazer faculdade de artes cênicas tive pouco apoio em casa. Fui muito questionada sobre o futuro como atriz. Por isso, consegui sair de casa e me dedicar aos estudos com 23 anos. Foi um momento lindo, importante para meu crescimento como pessoa e como profissional. Minha família não tinha condições de investir numa faculdade particular, por isso, fiz vestibular para tentar uma vaga na  Universidade Federal de Ouro Preto e passei, na primeira tentativa e muito bem colocada! A felicidade foi imensa. Aproveitei o curso ao máximo. E quando terminei a graduação em Minas, achei que seria válido mudar para São Paulo. Foi uma escolha muito acertada. Aqui tive muitas oportunidades e a minha formação me deu base para engatar meus primeiros trabalhos. Agradeço muito aos meus professores e amigos da faculdade que contribuíram para minha formação como atriz e mulher.

 

 

 

 

 

 Um convite lhe foi importante?

 Sim, quando cheguei em São Paulo, procurei fazer uma oficina de teatro  em algum grupo que me possibilitasse aprendizado e proximidade com a produção cultural da cidade. O grupo Satyros me chamou muita atenção, principalmente pela estética e por representar bem o teatro alternativo da capital paulista. Fui bem recebida e comecei a estudar com a Bárbara Melo, atriz do grupo. Após a conclusão do módulo, ela me indicou para participar do grupo de estudos sobre o autor norueguês Jon Fosse. Fiquei surpresa com o convite e aceitei prontamente. Nesse grupo, que foi coordenado por José Sampaio e Thiago Leal, enfrentei o desafio de construir as cenas buscando não interpretar a personagem. Pois o foco estava no primoroso texto Sou o Vento, que falava por si só.  Evitei racionalizar. Definitivamente, não foi fácil. Foram quatro meses muito desafiadores. Com essa experiência comecei a questionar mais sobre o papel do ator em cena. Momento muito válido.

 

 O ano de 2014 proporcionou bons momentos para você!

 Sim. Foi um ano muito especial. De muito trabalho, alguns foram feitos com pouca verba, mas com equipes unidas e dispostas a trabalhar duro. Mas para minha surpresa, me  cadastrei em agências de publicidade e consegui 3 trabalhos  significativos ao longo de 2014.  Representei marcas conhecidas no mercado, uma experiência nova.  Que me possibilitou conhecer produtores de elenco e me estimulou a fazer outros testes. Além disso, esses trabalhos me ajudaram a ajustar as contas (rs), descobri mais uma possibilidade de atuar como atriz.

 

 

 

 

 

 

 Lá está você diante a tela olhando para sua primeira participação num longa-metragem! Quais emoções lhe tomaram naquele momento?

 Pois é. Eu parecia criança. Foi uma emoção tão genuína, senti alegria e de certa forma fiquei orgulhosa por me ver ali na tela. A produtora Erika Slama apresentou meu material artístico ao Maurício Eça, diretor do filme Apneia.   No mesmo dia, eu obtive uma resposta positiva! A personagem era pequena. Tinha poucas falas e aparecia em uma única cena. Mas para mim foi uma experiência grandiosa. A produção era incrível e o Eça conduziu os atores com muita sensibilidade.

 

 Prêmio Van Gogh?

 Sim, recebemos essa linda notícia no início de maio, o diretor Maurício Eça foi premiado no Festival de Cinema de Amsterdam. Orgulho para todos nós!

 

 Sou admirador da genial obra  “ Críticos Momentos ”  à qual você também atuou?!

 Tive o prazer de trabalhar com o Luan Cardoso e toda a equipe da Quixó Produções. Atuei no curta-metragem O Cupido, que faz parte da obra Críticos Momentos.  Meus companheiros de cena foram os amigos Admir Calazans e Jorge Yuri. Lembro com carinho desse trabalho, pois o curta foi feito com pouquíssimo orçamento e com muita paixão.

 

 

 

 

 

 

 Para finalizar nos fale dos seus projetos atuais e futuro!

 Estou envolvida no projeto Entre Versos e Vinis, em parceria com a atriz Josi Reis. Nossa proposta de espetáculo é relacionado a poesia e música. É uma homenagem a escritores e cantores mineiros. Estamos em processo de construção cênica. Pretendemos estrear no segundo semestre de 2015. E quanto a projetos audiovisuais, fui convidada a participar de outro curta-metragem, que será gravado em julho … bem, por enquanto é isso, a vida segue!!!

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