Descobrindo o Marketing Digital, dicas de como aumentar tráfego orgânico e otimização no posicionamento de domínios perante motores de busca
Pequenos e médias empresas (PMEs) tiveram que realizar transformações organizacionais para atrair e reter colaboradores em face da procura por flexibilidade. Com novos modelos e relações de trabalho, o mercado está mais competitivo e benefícios variados podem ser uma opção para fidelizar talentos. Ficou claro para os recursos humanos que a oferta de benefícios – como o vale refeição – é apenas um quesito para manter funcionários.
O site de empregos Indeed realizou um levantamento com 798 proprietários de micro, pequenas e médias empresas. A pesquisa revelou que 59% deles precisaram modificar suas práticas de contratação e recursos humanos para atrair novos talentos. Para os entrevistados, essa adaptação foi necessária, pois contratar agora é mais difícil do que antes da pandemia, principalmente devido aos orçamentos reduzidos.
Essas empresas passaram a priorizar benefícios flexíveis, desenvolvimento profissional e clima positivo. A pesquisa da Indeed mostrou alguns exemplos de como os empreendedores têm feito para atrair e reter funcionários. Mais da metade aposta em benefícios de saúde, transporte, alimentação e academia. Já a licença maternidade e paternidade são disponibilizadas por 49% das pequenas empresas. O trabalho remoto e horas flexíveis, por outro lado, estão presentes em 47%.
Segundo a Pluxee, nova marca da Sodexo Benefícios e Incentivos, o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) – que atende prioritariamente a colaboradores de baixa renda – é uma das alternativas para as PMEs reduzirem custo e, ainda assim, permitir alimentação de qualidade para seus funcionários.
"Ao se inscrever no PAT, a PME fica isenta de encargos sociais, como a contribuição previdenciária e contribuição do FGTS relacionados ao valor dos benefícios de alimentação. O benefício não configura salário e ajuda a diminuir a carga de impostos", informa a empresa.
A implementação de benefícios flexíveis em PMEs é mais acessível e pode contribuir para a valorização do fator humano e a retenção de talentos. Na Cia Mandarine, pequena empresa de moda corporativa, o CEO decidiu investir na escuta ativa antes de pensar em benefícios.
Vinícius Loureiro Marques conduziu uma pesquisa de clima para avaliar a situação e identificar áreas de melhoria. Uma das primeiras ações foi a introdução de vale-transporte e refeição, além da concessão de dias de folga sem desconto para aqueles que precisam, mesmo que não seja por motivos de saúde.
“É uma mudança de cultura, da forma de encarar o trabalho. A gente não encara como 8 horas diárias, mas como uma série de demandas para entrega e tenta dar o máximo possível de flexibilidade”, diz Loureiro em entrevista.
Em adição a benefícios, a diretora de RH da Sólides, Távira Magalhães, defende que a realização de ações culturais na empresa pode impulsionar a espontaneidade dos profissionais em compartilhar experiências.
Já Vanessa Macena, CEO da Mundo Di Chocolate, acredita que manter contato diário e direto com os colaboradores, convidá-los para um café, personalizar as mesas e comemorar aniversários com bolo são práticas que beneficiam a produtividade. “Esses momentos aumentam nosso elo, a parceria e a produtividade. São pequenas atitudes que demonstram que a gente se importa”, diz Vanessa à imprensa.
Uma pesquisa de 2022 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que 50,8% dos trabalhadores do setor privado estavam em microempresas, com um a cinco funcionários.
O diretor de vendas do Indeed no Brasil, Felipe Calbucci, afirma que existem muitas vantagens em se trabalhar em uma PMEs. Ele explica que nas grandes empresas, o aprendizado costuma ser mais estruturado, focado em processos, enquanto nas menores, há mais liberdade criativa.
“As grandes empresas vêm tentando se modernizar para quebrar a barreira dos processos, mas isso já está no DNA das pequenas, onde você tem oportunidade de aprender e crescer rápido”, diz em entrevista.
