26/03/2015 às 16h17min - Atualizada em 26/03/2015 às 16h17min

Médico do SUS afirma:

Dona de casa aguarda dez anos por cirurgia de próteses de joelho pelo SUS do RS

Anderson Moriel Mattos - Anderson Moriel Mattos
Divulgação

"Quem marca a cirurgia são os políticos", disse o médico ortopedista Alexandre Marcolla, do hospital Cristo Redentor de Porto Alegre-RS à paciente Sinclair Souza, de 58 anos, que espera há dez anos por uma prótese de joelho pelo SUS. Indignada com o comportamento do médico, a dona de casa Sinclair nos procurou para contar o seu sofrer e o calvário que enfrenta para conseguir a tão sonhada operação. 

"Quando ele me disse que somente os políticos poderiam autorizar a realização de cirurgias, eu fiquei completamente desorientada, sem respostas", desabafa Sinclair. Além da infeliz frase que disse o médico, ele ainda colocou no prontuário final da paciente que ela não desejaria mais realizar a cirurgia. "Quando li o documento final, fiquei transtornada. Como ele pudera escrever algo que eu não disse?", questiona.  

Ouça (AQUI) a gravação feita pelo celular feito pela dona de casa Sinclair. 

Revoltada com a situação ela procurou a ouvidoria do hospital, que não soube informar corretamente o que ouve, tampouco deu atenção ao caso. 

A lesão que Sinclair sofre é uma artrose grave de nível 4, o último estágio antes da colocação de uma prótese. O que se pode perceber é que a perna direita de Sinclair está arqueada, o que a deixa limitada para executar os movimentos mais simples de uma dona de casa. "Minha perna está torta. Tenho que tomar medicamentos para combater a dor todos os dias. E já não consigo mais me abaixar corretamente, ou realizar minhas tarefas diárias", confessa. 

Sinclair já não sabe mais o que fazer, nem para quem apelar por ajuda. E mesmo depois de dezenas de exames e laudos médicos, ela já percebe que não é só o joelho está comprometido, mas boa parte do sistema digestivo, devida a quantidade de medicamentos para aliviar a dor. "De tanto medicamento aliviar a dor, sinto que meu fígado não responde corretamente. 

No ano passado fizemos uma entrevista com Sinclair que relatou a dura rotina de espera que já dura dez anos. 

Enquanto ela aguarda os próximos passos da sua interminável jornada, já procuramos a direção do hospital, que ainda não se pronunciou sobre o caso. 

 

 

 

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