02/12/2014 às 00h04min - Atualizada em 02/12/2014 às 00h04min

A cidade perdida de Petra

por Karine Ribeiro/Diários de Férias

O complexo de Petra fica na cidade jordaniana de Wadi Musa, que vive praticamente em função do turismo das ruínas. Famosa pelas gigantescas construções perfeitamente esculpidas nas rochas cor-de-rosa, Petra tornou-se Patrimônio Mundial da UNESCO em 1985 e foi eleita em 2007 uma das novas 7 maravilhas do mundo.

A cidade é antiga, foi fundada por volta do século VI a.C. pelos Nabateus, um povo árabe nômade que se fixou na região para estabelecer uma rota comercial importante em direção à Síria. Depois de diversas disputas territoriais pela valiosa rota, a cidade ficou abandonada e praticamente esquecida, apenas habitada e protegida por beduínos locais (por isso também é conhecida como “Cidade Perdida”).

Em 1812, foi “descoberta” por um explorador suíço que conseguiu entrar na cidade fortemente guardada fingindo ser um árabe da Índia que queria fazer um sacrifício no túmulo do Profeta Aarão (irmão de Moisés que teria sido enterrado em um monte próximo à Petra).

O local então, passou a ser estudado por arqueólogos e foi aberto à visitação. Hoje, o complexo – denominado Parque Arqueológico de Petra - é a principal atração turística da Jordânia e oferece uma ótima estrutura para o turista. O filme “Indiana Jones e a Ultima Cruzada” de 1989, certamente deu uma forcinha para divulgação do turismo por lá!

O passeio pelo Parque começa pelo Siq, o caminho que leva à entrada de Petra e tem cerca de 1,2 km. É um desfiladeiro estreito, com paredes avermelhadas altíssimas – atingem até 80 metros. No caminho há diversos vestígios dos povos que habitaram Petra, com destaque para as calhas escavadas nas paredes que preveniam enchentes e faziam parte do moderno sistema de abastecimento hidráulico da cidade.


Siq

O caminho longo e sinuoso já leva à primeira e mais famosa atração de Petra, o Al-Khazneh (Tesouro), um monumento enorme com 30 metros de largura e 43 de altura. Por ter sido esculpido em uma enorme rocha, cada detalhe foi preservado da erosão e do desgaste do tempo.


Al-Khazneh 
 

 

Após mais uma caminhada, surgem os vestígios de uma cidade inteira escavada na rocha. A maior parte das construções eram tumbas, cuja grandiosidade era proporcional à importância social do sepultado.  As principais são as Tumbas Reais construídas para o sepultamento de reis Nabateus. O que mais chama a atenção é a cor das pedras que, em virtude de várias reações químicas ocorridas ao longo do tempo, formam verdadeiras pinturas nas paredes.




Tumbas

 

Adentrando à cidade, chega-se ao  Anfiteatro Romano, outra obra incrível esculpida na rocha que, estima-se, comportava 10.000 pessoas. Apesar de ter características romanas, o teatro foi construído antes do domínio romano. Os Nabateus, eram nômades e trouxeram para Petra toda a influência arquitetônica dos lugares por onde passaram.


Anfiteatro

Há, mais à frente, a Collonaded Street, uma avenida com características típicas romanas com escavações arqueológicas dos dois lados e construções como o Grande Templo e o Templo Qasr al, edifícios que não foram esculpidos nas pedras, de forma que os desgastes do tempo são mais aparentes. Mesmo assim, as construções são lindíssimas e é possível entrar e conhecer melhor cada detalhe.




Collonaded Street

O segundo edifício mais conhecido de Petra é o Monastério (Al-Deir ). É o maior de todos eles e o mais distante do portão principal. Para se chegar lá são mais de 800 degraus e uma caminhada reforçada ladeira acima.


A caminhada vale a pena!


Monastério

Outra atração dentro do Parque é o Museu Arqueológico de Petra, com achados das escavações na região. É pequeno e vale a pena uma visitinha. A entrada é gratuita.

Para fechar com chave de ouro o Parque oferece uma atração à noite chamada "Petra by night": é um passeio pelo Siq até o Tesouro à noite. O Siq fica iluminado com velas e há uma apresentação de músicos locais.

 

O roteiro completo e outras indicações podem ser encontrados no site www.diariosdeferias.wordpress.com. Instagram: @diariosdeferias.

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