26/03/2015 às 23h36min - Atualizada em 26/03/2015 às 23h36min

Manuel Filho

Quando o viver intenciona alegrias valorosas para a alma. Encontrou então à arte...

Thiago Santos

 Quem é o ser humano Manuel Filho?

 Sempre penso que não usarei minha passagem pelo mundo para provocar qualquer mal a quem quer que seja. Estimulo o bem, a criação e, como “ser humano”, amo muito os animais.

 

 

 Precisamos da arte da escrita?

 Sim, acredito que precisamos da escrita e da arte. Ambas caminham juntas. Escrever pode ser uma arte quando o emissor consegue transmitir exatamente o que deseja. Cuidar da redação de uma lei, por exemplo, é fundamental. Uma vírgula mal colocada pode causar danos terríveis. A arte, no sentido de beleza, pode estar num poema em um conto, em qualquer texto que nos emocione ou transforme.  Gosto muito de uma frase que escutei certa vez, pois ela encerra uma sabedoria na qual as palavras poderão emocionar variadas gerações: “Você jamais será o último dono de um livro”.

 

 

 

 

 

 

 Seu primeiro livro e, a impressão que ainda hoje o faz lembrar do mesmo?

 Tenho vários livros que são “os primeiros”. O primeiro a trazer meu nome na capa foi UM E-MAIL EM VERMELHO, Editora Saraiva, parceria com a escritora Eliana Martins. O primeiro livro individual, O OURO DO FANTASMA, Editora Ática. Em seguida, poderia citar o primeiro encomendado, premiado, adaptado... É uma emoção que sempre se renova, até os dias de hoje, pois permaneço tendo “primeiras experiências.

 

 

 

 Como se sente tendo no currículo mais de trinta obras?

 Bastante contente e também ciente do horizonte que minhas obras me concedem. Quando lançamos um livro, não temos controle sobre o que irá acontecer. Ele poderá gerar uma viagem, um encontro, outra história... Sempre fico admirado com os destinos aos quais meus livros me levam. Costumo pensar: isso só está acontecendo porque decidi escrever algo. Até mesmo já aconteceram duas edições de um festival com o meu nome, o que me enche de orgulho. Se eu não fosse escritor, acho que minha vida seria bem diferente, com um pouco menos de graça.

 

 

 

 

 

 

 O ano de 2008 lhe proporcionou algo muito importante!

 O ano de 2008 foi muito importante para mim. Variados eventos aconteceram, entre eles, ter recebido o prêmio Jabuti de literatura pelo livro, NO CORACÃO DA AMAZÔNIA. Algo que me marcou profundamente, no mesmo ano,  foi a exposição sobre minha vida realizada na Biblioteca Pública Monteiro Lobato, em São Bernardo do Campo. Foi nela que aprendi a gostar de ler, cantar e atuar. Eu era o detentor da carteirinha número 01 da seção de livros infantis.

 

 

 O ano de 2013  também lhe foi precioso!

 Foi a primeira vez que um livro meu constou em um catálogo internacional, SENSOR, O GAME, Editora do Brasil. Fiquei duplamente contente, pois isso ocorreu exatamente no ano em que o Brasil era o país homenageado na Feira do Livro de Frankfurt.  Em 2015, meu livro O SUMIÇO DA LUA, foi selecionado pela FNLIJ, Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil, para integrar o Catálogo da Feira de Bologna, uma das mais relevantes da categoria.

 

 

 

 

 

 

 Meu Avô Português?

 Uma permanente fonte de alegria. O livro conta a história de um garoto que consegue conversar com azulejos. Eles relatam a cultura portuguesa. Nas visitas que faço aos colégios, frequentemente as crianças pintam os seus próprios azulejos e é extremamente interessante acompanhar o trabalho deles. Em alguns lugares, as peças são fixadas nas paredes de forma permanente.

 

 

 Sua arte da escrita lhe proporciona a crença de que para o ser humano o limite sempre poderá ser superado quanto ao exercício da criatividade?

 Sim, não tenho dúvidas disso. Não há limites para se contar uma história, inclusive no que se refere a formato (grande, pequeno, cheio de recortes, quadrado, circular...) e meio (digital, impresso, híbrido...).

 

 

 

 

 

 

 Você já trabalhou como redator!

 Talvez existam pequenas sutilezas no ofício da escrita, que precisa de tantos nomes diferentes para definir a mesma coisa: redator, escritor, dramaturgo, roteirista... No sentido da palavra, sim, trabalhei como redator. Escrevi roteiros para rádio e televisão, antes de sequer imaginar o desenvolvimento de um livro.

 

 

 Além da escrita você se dedica em prol do canto e também da atuação!

 Eu comecei atuando, depois fui cantar e adicionei a escrita. Estou convencido de que sou um contador de histórias, basicamente. Algumas, eu canto, outras interpreto e, muitas, escrevo. Tudo vem da palavra. Elas formam histórias que podem se dar por satisfeitas em um poema ou, ambiciosas, exigirem um relato extenso.

 

 

 

 

 

 

 Diante seus feitos criativos o que sua graça diria para aquele que deseja trilhar pelo mesmo caminho?

 Acho que, meu desejo diário, pode servir para todo profissional, em qualquer área: preciso apenas de saúde e disciplina, o resto, eu me viro. Se você descobrir o que realmente gosta de fazer e tiver disciplina para enfrentar os desafios, ninguém poderá segurá-lo.

 

 

 

 

 

 

 Para finalizar nos fale dos seus projetos atuais e futuro!

 Escrevo todo os dias, assim, estou sempre cercado por projetos. Alguns vingam, outros não. Então, meu ideal é seguir criando.

 

 

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